terça-feira, 22 de novembro de 2016


     Foi hoje. De repente eu contemplei o belo, foi instantâneo e parou bem ao meu lado. Por um longo tempo ficou ali e não pude deixar de observar sua beleza. Ela era linda! De supetão eu disse: Desculpe, pisei no seu sapato, eu acho! Foi quando olhei para ela, me fitava com aquele olhar tão belo que me tirou o ar.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Olá, lembra de mim? Sumi, não foi? Venha comigo, vou lhe contar uma coisa...

Aconteceu ontem, dia 23/02/2016. Eu estava no ônibus, como de costume. De repente, um homem começou a falar, não sei quem ele era, não sei seu nome, nem como foi parar ali, mas sei de seu sofrimento. Era um homem, três tumores e uma diabete cefálica. Era tudo em tão pouco.

Ele pedia ajuda, pedia que alguém que pudesse o ajudasse alí naquele ônibus, com qualquer quantia em dinheiro, fiquei pasma ao vê-lo andar pelo ônibus, calma! Não, andar não, mas se arrastar, era isso que ele fazia, se arrastava, eu conseguia sentir o cheiro do seu mal estar, estava tão magro que eu podia ver o relevo proeminente de seus vasos sanguíneos. Me perguntei, o que o movia? Qual sua motivação?

Observei que ao pedir ajuda, não pedia por ele, parecia que a luta havia terminado, que não fazia mais sentido continuar por ele, mas ele estava lá, continuou por outros, continuou por amor, por seus filhos. Ele pedia ajuda, pois não tinha água em casa e sua filha lhe pedia devido à sede. O que me veio na mente nesse exato momento? Ah, sim, um pai desesperado, por ver a filha pedir água e não poder saciar sua sede.

O que eu fiz ao vê-lo, ao ouvi-lo? Eu simplesmente chorei, não por pena. Não tenho pena dele, ele é capaz de tudo, somos todos capazes de tudo, ele era forte, a pesar de tão debilitado, ele era. O que senti foi raiva, por tudo que foi tirado injustamente daquele homem. Senti raiva por ele ser um cidadão como qualquer outro, ter trabalhado, e pago impostos sua vida inteira. Esse é o problema! Uma vida dedicada ao mundo, mas esse mesmo mundo não deu a ele nem o mínimo do que lhe foi tirado. Ele tinha direito, como qualquer outro, ele tinha. Precisa de remédios, mas não tem dinheiro pra comprar, precisa de alimento, mas não tem dinheiro pra comprar, precisa pagar luz, água, mas não tem dinheiro pra pagar. Deus, uma vida inteira dedicada ao mundo, uma vida abandonada por ele.

Enquanto coisas fúteis são feitas com uma rapidez impressionante para agradar e engrandecer um momento de vida de uma minoria que tem acesso a muito, muitas pessoas estão morrendo todos os dias, sem dignidade, sem que seja lembrada pelo que fez, pelos caminhos que trilhou, sonhos estão sendo mortos sem nunca terem tido asas, sem nunca terem sido contados ou iniciados, chances nunca dadas. 

Talvez quem se foi sonhando, teria feito muito mais do que aquele que nunca sonhou por não ter necessidade disso e por isso, não fez o muito mais, do que aquele que viveu sonhando.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Olá pessoa imaginária, posso contar umas coisas a você? Sim? Ok, vem comigo então.
Sabe quando você acha que tudo o que você acredita talvez seja falso? Quando você pensou que aquilo seria verdade e descobre que não é, quando você achou que aquela pessoa era perfeita e que você, desta vez, podia confiar, mas quando vê, a pessoa que você nutria tanta confiança talvez não seja tão de confiança assim. Que pena!
Em que ou em quem então, devo acreditar?  Já nem sei mais. Estou confusa demais. Porque as pessoas que se acham perfeitas, falam que não é certo fazer uma tal coisa, pois prejudicaria seu próximo, mas elas mesmas fazem? Isso é hipocrisia! Não acha, pessoa imaginária? Como podem falar algo sem ter plena certeza, sem ter presenciado o fato e se acharem melhor por isso? Só sei que não quero ser assim, como essas pessoas que se acham melhores que outras. Quem eu sou? Olhe para mim! Não sou nada, apenas uma garota cheia de dúvidas, só estou procurando uma lugar que eu possa chamar de meu, aquele que ninguém tenha colonizado antes para que eu não sofra com opiniões mesquinhas.
Sabe qual o meu problema? Talvez seja que eu leve as coisas muito a sério, ao pé da letra, talvez o mundo seja feito de mentiras, realidades falsas, nas quais um dia acreditei serem verdades, fui metódica demais, comedida ao extremo, mas hoje vejo que vivi demais, mentiras inventadas.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Oi. tudo bem? Pode me ajudar? Por favor me dê um conselho! Diga que há uma solução, Estou me sentindo muito perdida, sabe.
Não consigo explicar o que sinto agora, tentei abusar daquilo que me faz esquecer as agonias da vida, no entanto, não adiantou, não estou vendo saída. Agora tudo dói, todo esse cansaço e me pergunto porque e para que tudo isso, se não há quem se importe com isso, sou só mais uma ou talvez a única. Será? Não consigo nem respirar direito, está tudo lento, perdido em um emaranhado de seres que se batem, não se entendem, não se aceitam, seres que se culpam. O que eu faço?
Eu só queria um espaço, aquele com o qual sonhava e sonhei durante quase toda a minha vida. Estranho, eu era sem vida porque ela não existia, pensava que o que há agora é o que realmente seria vida, estou passando por ela, por aquilo que chamei um dia de vida e nunca me senti tão morta, não há nada mais sem vida que o aqui, do que o agora. Tenho medo de não conseguir me levantar, me entregar e acreditar nessa morte.

terça-feira, 10 de novembro de 2015


Olá, como vai? Hoje quero conversar com você. Será que tem um tempo para me ouvir? Queria saber porque há tantas incertezas no meu caminho, estou sem rumo, me sentindo perdida agora. No passado tinha muitos sonhos, achava que tudo seria fácil, imaginava fazer e aprender milhares de coisas, mas hoje me pergunto se é isso mesmo. Hoje, especialmente agora, me pergunto porque tudo isso, porque tão difícil, porque não um pouco mais fácil. Não pode imaginar o tamanho da minha tristeza agora. Acabei pensando algo e por pensar nesse algo de uma forma como eu queria ou tinha certeza que seria que fosse, acabei me decepcionando, chorando, arrependida, culpada por algo que não tive culpa, vivido para isso ou talvez a vida tenha vivido por mim. 
 
Sabe, tudo o que eu queria agora era voar, me sentir livre, pois estou me sentindo presa. Queria somente e longamente contemplar o que para  muitos seria o nada, mas que para mim é tudo. Será que peço muito, ou será que não estou pedindo nada? Ahhhh, não sei, me bateu um grande cansaço agora e mais uma vez recorro a um consolo antigo, o qual você já sabe qual é. O consolo que que me tira desse mundo e me leva para um outro lugar que é lindo, mas que tenho medo de conhecer, mas mesmo assim, continuo esperando. Talvez eu ainda não saiba o que é ser feliz de verdade. Será?


domingo, 2 de agosto de 2015

Mais uma vez estou aqui para manisfestar meus sentimentos. Senti que precisava falar o que martela em minha mente. Sinceramente, tentei não dizer, mas preciso desabafar, preciso expor aqui a minha tão grande indiganação com relação a muito ou talvez quase tudo no mundo. Como me calar? Como fingir não ver? Como deixar prá lá? Será que devo calar-me como alguns dizem, pois não é da minha conta, não me foi dado a devida autoridade para intervir, no entanto, não consigo. Não sei muito de várias coisas, porém, o pouco que sei me faz ver que não posso me silenciar. 


Talvez você deve estar pensando assim: Não estou entendendo nada! O que essa garota está querendo dizer? Bom, eu não queria dizer nada, o que eu queria era que todos vissem como eu vejo, não fechasse os olhos para o que precisa ser observado com grande cautela. Eu só não queria que fosse necessário mostrar. Hoje chorei, quase perdi a fome por isso. Venha comigo, quero compartihar com você...

O mundo caminha para o colapso. Isso mesmo! Quando me refiro a mundo, falo principalmente das pessoas que vivem nele. Todos estão doentes. Onde está a capacidade de olhar e não ver as coisas como normais. Tudo acaba sendo familiar hoje, todas as injustiças, todo o mal que é causado todos os dias, ficou banal. Ligo a TV e tudo que vejo são notícias anunciando mais e mais absurdos, repórteres que mostram a calamidade humana e nem ao menos se sensibilizam com a dor de outrem, guerras, nas quais crianças são mortas sem ao menos terem tempo de se perguntar porque tudo aquilo, porque elas, se não fizerem mal algum a ninguém, pessoas que tem muito enganam friamente, violam direitos dos menos favorecidos, os quais, muitas vezes não tem nem o mínimo e ainda riem na cara dos pobres, florestas inteiras são brutalmente dizimadas simpliesmente para a ambiação humana exessiva, animais são assassinados de forma absurdamente cruel somente para satisfazer o desejo de poder humano, atletas olímpicos reclamam de asfalto da pista de corrida que é contruído com dinheiro público enquanto muitas populações não sabem o que é um asfalto, trabalhadores constroem mansões para ricos morarem e muitas vezes pagam aluguel por não terem condições de comprar sua casa própria, profissionais da saúde juram na universidade salvar vidas, contudo permitem que pacientes sejam negligenciados e morram a espera de uma cirurgia. Estão destruindo a Terra e percebendo não haver como recuperá-la procuram outro planeta para que possam um dia habitar e poder destruí-lo também. Percebe a contradição? Talvez agora perceba a dimensão da minha revolta.


Quantos absurdos mais terão que acontecer para alguém se manifete? Ei, acorda!!!!!!!! o mundo precisa de ajuda. O que mais me deixa consternada é o fato de aqueles que tem conhecimento, poder para intervir, sabem como fazer e não fazem. O que será que aconteceu? Será que se corromperam? Será que estudarm só para ganhar dinheiro? Será que o conhecimento as impede que vejam além do que é possível enxergar? Será que a erudição nos torna mais ignorantes? Se for isso, saiba que fico ainda mais desanimada e grito por dentro. É preciso que algo seja feito com urgência.


Ah, se a mim fosse dado o poder de mudar tudo o que acontece aqui, se eu pudesse amenizar um pouco o sofrimento de todas as criaturas que sofrem injustamente. Não estou dizendo que sou melhor ou mais capaz que outros, digo isso por ter a graça de conseguir contemplar o que está além dos meus olhos e sentir com eles.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Olá. Hoje é o primeiro dia do ano de 2015. Demorei para voltar não é mesmo? No entanto, isso é legal, vou escrever somente quando sentir que fui buscada, quando souber que é o momento, não há algo concreto que me diga a hora, só há algo sentimental, uma vontade louca de compartilhar o que me move. Bom, em 2014 pensei em muitas coisas, estou feliz, na verdade vi que não preciso de muito para entender que é o bastante e compreendi que a VIDA é muito mais que qualquer coisa, não me refiro a vida no seu sentido literal, mas ao que abarca quando nos referimos a ela. 


Refleti, sim, eu refleti mais uma vez, a mesma coisa milhares de vezes, não sei fazer algo sem imaginar tudo o que pode ocorrer e isso você já sabe. Pensei na ultima noite de 2014, fiz muitas perguntas e afirmações e uma das afirmações foi: Todo esse amor não pode terminar aqui. É sério, viver é como Camões definiu é algo muito lindo e dolorido para terminar assim, somos levados por momentos, somos fortes, fracos, sentimos raiva e perdoamos. Somos incríveis, somo feitos de amor!


Nesse momento me vem a cena de uma família reunida na ultima noite de 2014. Não há nada que pudesse me dar alegria maior do que aquele momento. Eu estava lá, eu observava tudo e todos. Em meio aos mirabolantes questionamentos eu me senti a pessoa mais honrada por aquele pequeno momento que era lento e passou tão rápido, mas que pude perceber que não seria nada sem ele e o que seria de mim se algum dia me escapar. Me entristeci e dentro de mim houve então um grande aperto e lá dentro de mim alguma coisa gritava para que eu fizesse o tempo parar, queria ser feita daquela hora. Como eu queria ter esse poder de parar o tempo. Eu não queria e nem quero nada mais do que momentos bons com as pessoas que amo. Ah, como é bom amar! Como é maravilhoso ter, unir, juntar e eu relutava para que não viesse a minha mente o contrário.


Por mais que tentem, por mais que eu pense, não consigo aceitar que não haverá nada depois daqui. Ainda acredito que somos feitos de amor e por mais que as atribulações me mostrem os espinhos da vida e as injustiças do mundo, ainda assim acredito, há amor e esperança por toda a Terra. Você tem feito algo por amor aqui? Será que depois daqui alguém se lembrará de você, de suas ações? Eu preciso muito fazer, não quero que ninguém saiba, só quero deixar e sentir que passei pela vida fazendo o que tiver sido feito por amor.